terça-feira, 17 de março de 2009

Tartaruga careta, comum ou cabeçuda






Esta espécie, também conhecida por tartaruga-boba, é a tartaruga mais comum porque é uma espécie de distribuição ampla, nas águas costeiras tropicais e subtropicais, em todos os oceanos. A sua coloração é castanho-avermelhada e amarela e a sua cabeça é grande quando comparada com o resto do corpo (podendo medir até 25cm), motivo pelo qual também é conhecida como tartaruga cabeçuda.

Nomes locais: Tartaruga careta, comum, boba ou cabeçuda

Tamanho: até 125 cm de comprimento de carapaça.

Peso: 140 kg em média.

Habitat e Biologia: Os indivíduos adultos apresentam hábitos costeiros e os juvenis e sub-adultos ocorrem exclusivamente no alto mar. Estas localizam-se junto aos estuários mas também em mar aberto e nos arquipélagos. Os locais de reprodução frequente são: Senegal, Cabo Verde, Angola, Ihas das Canárias, Açores e Madeira.

Tipo de Alimentação: Os indivíduos desta espécie, alimentam-se geralmente de moluscos, crustáceos, bivalves, ouriços-do-mar, esponjas, peixes, àguas-vivas e alforrecas.Trata-se de uma espécie carnívora durante toda a sua vida.


Classificação taxonómica:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Reptilia

Ordem: Testudinata

Família: Cheloniidae

Género: Caretta

Espécie: Caretta caretta

Estão descritas duas subespécies: Caretta caretta do Atlântico e Caretta caretta gigas do Pacífico, que é ligeiramente maior. No entanto o estatuto de subespécie parece carecer de justificação genética e anatómica.
Infelizmente, os mesmos factores oceanográficos que concentram as tartarugas e o seu alimento em determinadas zonas, reúnem também pedaços de plástico, redes de pesca, esferovite e nafta, entre outros poluentes. Ao confundir este lixo marinho com algumas das suas presas, muitas tartarugas acabam por morrer por obstrução do tubo digestivo. Também a pesca com palangre de superfície ("long-line") ameaça esta espécie de tartarugas. Ao serem atraídas pelo isco, muitas tartarugas acabam por ficar presas nos anzóis e morrer afogadas.É importante referir também que esta espécie encontra-se também ameaçada de extinção.
Somente o conhecimento claro do impacto das diferentes artes de pesca sobre as tartarugas e a sua evolução ao longo do tempo permitirá desenhar medidas eficazes de conservação.

Fontes:

Diciopédia 2008 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2007. ISBN: 978-972-0-65263-8
http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/588BB313-37BC-4967-B742-5721C2AEAAD0/3134/LVVP_R%C3%A9pteis_Carettacaretta.pdf
http://br.geocities.com/erichpanda/Caretta.html
http://www.uma.pt/Investigacao/Tartaruga/html/body_p20-crta.htm
http://www.uma.pt/Investigacao/Tartaruga/html/body_p20-crta.htm
http://www.horta.uac.pt/species/Reptilia/tartarugas/Caretta_caretta.htm

sexta-feira, 13 de março de 2009

As tartarugas marinhas em Angola - Ponto da Situação

O Ministerio do Urbanismo e Ambiente da República de Angola, elaborou em 2006 o 1º Relatório Nacional para a Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica, com base no projecto 00011125 - Estratégia e Plano de Acção Nacionais para a Biodiversidade (NBSAP).


Para visualizar o relatório clique sobre a imagem:

In Primeiro Relatório Nacional para a Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica, Ministério do Urbanismo e Ambiente, Luanda, Agosto de 2006


Tendo em conta toda a informação de que dispomos na actualidade e tendo em conta a situação das tartarugas marinhas no nosso País, devemos traçar estratégias para que estas espécies sejam protegidas:

A investigação, dirigida ao melhor conhecimento da ecologia das populações locais de tartarugas marinhas; a comunicação, que inclui a educação ambiental, informação, sensibilização e formação de monitores locais; e a fiscalização nocturna das praias de desova, poderão ser estratégias a adoptar para se envolverem as comunidades piscatórias, a juventude e associações para a necessidade de preservar estes seres vivos.

É NECESSÁRIO PROTEGER A NATUREZA.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Tartaruga - Oliva

A tartaruga olivácea ou tartaruga-oliva é a menor de todas as tartarugas marinhas. Esta designação é-lhes atribuída uma vez que a sua carapaça apresenta uma coloração cinza-esverdeada.
· Nomes locais: Tartaruga olivácea ou oliva

· Tamanho: até 76 cm de comprimento de carapaça.

· Peso: 52 kg em média podendo atingir os 65 kg

· Habitat e Biologia: Em águas costeiras pouco profundas assim como em mar aberto. Esta encontra-se nos oceanos Pacífico e Índico; no Atlântico ocorre na América do Sul e na costa oeste da África

· Tipo de Alimentação: Alimenta-se de peixes, moluscos, crustáceos(principalmente camarões) e plantas aquáticas.

· Classificação taxonómica:

Reino: ANIMALIA

Filo: Chordata

Classe: Reptilia

Ordem: Testudinata

Família: Cheloniidae

Género: Lepidochelys

Espécie: Lepidochelys olivacea


A tartaruga-oliva também é uma espécie em perigo de ameaça de extinção . É por vezes confundida com uma outra tartaruga (tartaruga kemp - Lepidochelys kempii) devido às suas semelhanças morfológicas uma vez que o número de placas da cabeça e da carapaça é semelhante nas duas espécies, embora a tartaruga - oliva possa apresentar mais do que 5 placas costais.
Esta tartaruga normalmente migra ao longo de bancos de areia continentais convergindo no verão e outono para desovar em praias de pouca inclinação, sendo as praias de desova são normalmente localizadas em áreas isoladas.

O número aproximado de ovos no ninho é de 109 e o período de incubação extende-se de 45 a 65 dias.