terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Portugueses descobrem tartaruga pré-histórica em Angola "Angolachelys mbaxi"

Paleontólogos portugueses descobriram o fóssil duma nova espécie de tartaruga, com 90 milhões de anos, durante uma expedição científica a norte de Luanda, anunciou hoje em Lisboa fonte da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa


Em comunicado enviado à Lusa, salienta-se que a descoberta, ocorreu em abril de 2005 nas rochas cretácicas a norte de Luanda pelo paleontólogo Octávio Mateus(Na foto), da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, e o estudo contou com a participação de paleontólogos de Portugal, Estados Unidos, Angola e Holanda.

O achamento do crânio fóssil de tartaruga marinha de grandes dimensões ocorreu durante uma expedição da National Geographic, com o paleontólogo norte-americado Louis Jacobs, da Southern Methodist University, autor do livro 'Em busca dos dinossauros africanos'.

O projeto contou ainda com a colaboração da Universidade Agostinho Neto, de Angola.

Citado no comunicado enviado à Lusa, Miguel Telles Antunes, paleontólogo da Academia de Ciências de Lisboa, que integra a equipa, realçou que o achado «é sobremaneira interessante, quer pela qualidade do material encontrado, quer por se tratar de um grupo muito mal conhecido na região. O achado representa um grande passo em frente dos conhecimentos científicos».

A descoberta foi batizada Angolachelys mbaxi, em que o nome Angolachelys significa tartaruga de Angola, e mbaxi é a palavra em kimbundo, língua do noroeste de Angola, para tartaruga.

Segundo o estudo publicado numa revista científica da especialidade, liderado pela equipa portuguesa, reconhece a existência de um grupo distinto de tartarugas marinhas ao qual dá o nome de Angolachelonia.

Este tipo de tartarugas evoluiu no Atlântico norte e a Angolachelys é o primeiro fóssil descoberto deste grupo no hemisfério sul, após a abertura do Atlântico sul, há 100 milhões de anos.

A descoberta hoje anunciada sucede à do lagarto marinho Angolasaurus, feita na mesma área, em 1964, numa descrição de Miguel Telles Antunes, e sugere o Atlântico sul como um corredor de passagem para répteis, o que permite ajudar à «compreensão das migrações da fauna marinha com a abertura do Atlântico sul», lê-se no comunicado.

Tanto as tartarugas fósseis como as atuais, dividem-se em dois grandes grupos que se distinguem pela forma como recolhem o pescoço: para dentro da carapaça (criptodiras) ou dobrando-o para o lado (pleurodiras).

«Actualmente existem numerosas espécies dos dois grupos em África, mas o mesmo não ocorria há 90 milhões de anos, e a 'Angolachelys' é a mais antiga tartaruga criptodira de todo o continente», conclui o comunicado.

Fonte: Lusa / SOL

link: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=161854

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Tartaruga Natator Depressus



Natator depressus é uma espécie de tartaruga marinha, endémica (nativa de uma dada região geográfica) da plataforma continental da Austrália. Ou seja esta tartaruga é exclusiva no continente australiano É o único membro do género Natator.

  • Nomes locais: Tartaruga Natator depressus
  • Tamanho: até 1 m de comprimento de comprimento de carapaça.
  • Peso: entre ate 50 Kg em média.
  • Habitat e Biologia: Esta espécie pode ser localizada em águas ao largo da Indonésia e Papua-Nova Guiné, mas apenas faz a sua postura na Austrália. As posturas ocorrem na metade norte da Austrália, de Exmouth, na Austrália Ocidental, até Mon Repos, em Queensland. O local mais significativo onde ocorrem posturas situa-se em Crab Island, a ocidente do Estreito de Torres.
  • Tipo de Alimentação: Os indivíduos desta espécie, tem uma alimentação muito variada que vai desde algas, invertebrados marinhos e de peixes.
Classificação taxonómica
  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Reptilia
  • Ordem: Testudinata
  • Família: Cheloniidae
  • Género: Natator
  • Espécie: N. Depressus

A reprodução desta espécie é caracterizada por uma postura com poucos ovos, mas de dimensões maiores, quando comparados com os de outras tartarugas marinhas. As fêmeas emergem até às praias onde fizeram posturas até 30 anos atrás, e aí depositam os seus ovos. Esta tarefa demora cerca de hora e meia. A fêmea cava um buraco com as suas nadadeiras anteriores, e as nadadeiras posteriores cavam uma pequena câmara onde serão depositados os ovos. Os ovos são depois cobertos de areia com o auxílio das nadadeiras posteriores, mas também com as anteriores. Durante a época de postura, as fêmeas colocarão ovos a cada 16-17 dias. Terminando uma época de postura, a fêmea só voltará a fazer postura 2-3 anos depois.
Os machos não regressam a terra, visto que o acasalamento ocorre no mar.

O seu estado de conservação actualmente também é classificado como em perigo de extinção, tal como todas as outras.

Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Natator_depressus

Extinção e Aquecimento Global


Até ao final do século, os elefantes nas savanas africanas ou os ursos polares no Árctico podem desaparecer. Vinte a 30 por cento das espécies, da Terra serão extintas se nada se fizer para travar a subida das temperaturas até 2050.
O alerta foi dado em 2007 pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas. E é reforçado no relatório divulgado pela World Wild Found (WWF) em parceria com a Earth Hour. A organização ambientalista internacional diz que "não é tarde para inverter esta tendência" e dão uma sugestão: reduzir as nossas emissões de gases com efeito de estufa.
Entre as dez espécies que correm risco de extinção encontramos as tartarugas.

Cinco das sete espécies de tartarugas marinhas estão em perigo ou risco crítico. Têm cada vez menos hipóteses de chegar à idade de reprodução, são alvo de predadores, da caça ilegal, de acidentes de pesca e da destruição dos ecossistemas que lhes dão alimento. A última machadada será as alterações climáticas, que já interferem na reprodução.

É essencial proteger as praias onde dão à luz e reduzir os impactos da pesca, construção costeira e caça ilegal.

Fonte:
http://www.correiodopatriota.com/index.php?option=com_content&task=view&id=5270&Itemid=266

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Tartaruga kemp


Esta espécie é uma pequena tartaruga do Oceano Atlântico, de cor verde-acinzentada. A maioria da sua população adulta vive no Golfo do México e os jovens estãos distribuídos entre as áreas dos litorais tropicais do noroeste ao sudoeste do oceâno Atlânticos.

  • Nomes locais: Tartaruga Lepidochelys kempii, ou tartaruga de kemp
  • Tamanho: até 70 cm de comprimento de carapaça.
  • Peso: entre 35 e os 50 Kg em média.
  • Habitat e Biologia: o seu habitat preferencial são áreas rasas com fundos arenosos e enlameados. Os locais de reprodução frequente são: Golfo do México. .
  • Tipo de Alimentação: Os indivíduos desta espécie, possuem uma alimentação variada.
· Classificação taxonómica:
  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Reptilia
  • Ordem: Testudinata
  • Família: Cheloniidae
  • Género: Lepidochelys
  • Espécie: Lepidochelys kempii

Esta espécie tal como todas as outras também encontra-se em perigo crítico de extinção, portanto foi este uma das razões pela qual no inicio do ano lectivo escolhemos este tema como projecto “A conservação e preservação das tartarugas marinhas ” e pedimos encarecidamente a vossa ajuda, para que nos ajudem a salva-las da extinção.

Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tartaruga-de-kemp

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Homem vs Tartarugas marinhas

Quadro de comparação entre as 5 espécies encontradas em Angola e o Homem.


Fonte: http://projamora2008tartarugas.pbwiki.com/Tarataruga-de-Couro

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Tartaruga de couro


Esta espécie é a maior de todas as tartarugas, e é muito diferente das outras tanto em aparência quanto em fisiologia. A sua carapaça é composta por uma camada de pele fina e resistente e milhares de placas minúsculas de osso, formando sete quilhas ao longo do comprimento; apenas os nascituros (filhotes) apresentam placas córneas, daí o nome popular: tartaruga de couro; a sua coloração é cinzento-escura ou preta, com pontos brancos. Seu tempo de vida pode variar de 215 a 305 anos quando atinge o ápice da idade de sua espécie.
Tem uma carapaça negra, constituída de tecido macio. A carapaça não se liga ao plastrão(parte da couraça que cobre o peito) em ângulo, como nas outras tartarugas, mas sim em uma curva suave, dando ao animal uma aparência semi-cilíndrica. Suas principais características são: crânio muito forte; presença de palato secundário; cabeça parcialmente ou não retráctil; extremidades em forma de nadadeiras não retrácteis cobertas por numerosas placas pequenas (com dedos alongados e firmemente presos por tecido conjuntivo); as garras são reduzidas, etc.
Nomes locais: Tartaruga de couro, gigante.

Tamanho: até 180 cm de comprimento de carapaça.

Peso: 700 kg em média.

Habitat e Biologia: Espécie altamente migratória, pelágica (ou seja habita as partes mais profundas do alto mar) aproximando-se da terra estacionalmente. Os locais de reprodução frequente são: Libéria e no Golfo da Guíne. Está espécie está mais adaptada às águas frias devido à sua derme grossa e oleosa. Como resultado, é a mais amplamente distribuída; há registros em altas latitudes onde as temperaturas da água oscilam entre 10º C e 20º C.


Tipo de Alimentação: Os indivíduos desta espécie, alimentam-se preferencialmente de águas-vivas e medusas.

Classificação taxonómica:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Reptilia

Ordem: Testudinata

Família: Dermochelyidae

Género: Dermochelys

Espécie: Dermochelys coriacea
Voltamos mais uma vez a frisar que esta também é uma espécie que se encontra em perigo critico de extinção e por isso precisamos de tomar medidas urgentes para salvaguardar esta espécie, que já existe há milhões de anos.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tartaruga-de-couro
FISCHER, W., G. BIANCHI et W. B. SCOTT (eds), 1981, Fishes FAO d'identification des espèces pour les besoins de la pêche. Atlantique centre-est; zones de pêche 34, 47 (en partie); Canada Fonds de Dépôt, Ministére des Pêcheries et Océans Canada, en accord avec l'Organization des Nations-Unies pour l’Álimentation et l'Agriculture.

terça-feira, 17 de março de 2009

Tartaruga careta, comum ou cabeçuda






Esta espécie, também conhecida por tartaruga-boba, é a tartaruga mais comum porque é uma espécie de distribuição ampla, nas águas costeiras tropicais e subtropicais, em todos os oceanos. A sua coloração é castanho-avermelhada e amarela e a sua cabeça é grande quando comparada com o resto do corpo (podendo medir até 25cm), motivo pelo qual também é conhecida como tartaruga cabeçuda.

Nomes locais: Tartaruga careta, comum, boba ou cabeçuda

Tamanho: até 125 cm de comprimento de carapaça.

Peso: 140 kg em média.

Habitat e Biologia: Os indivíduos adultos apresentam hábitos costeiros e os juvenis e sub-adultos ocorrem exclusivamente no alto mar. Estas localizam-se junto aos estuários mas também em mar aberto e nos arquipélagos. Os locais de reprodução frequente são: Senegal, Cabo Verde, Angola, Ihas das Canárias, Açores e Madeira.

Tipo de Alimentação: Os indivíduos desta espécie, alimentam-se geralmente de moluscos, crustáceos, bivalves, ouriços-do-mar, esponjas, peixes, àguas-vivas e alforrecas.Trata-se de uma espécie carnívora durante toda a sua vida.


Classificação taxonómica:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Reptilia

Ordem: Testudinata

Família: Cheloniidae

Género: Caretta

Espécie: Caretta caretta

Estão descritas duas subespécies: Caretta caretta do Atlântico e Caretta caretta gigas do Pacífico, que é ligeiramente maior. No entanto o estatuto de subespécie parece carecer de justificação genética e anatómica.
Infelizmente, os mesmos factores oceanográficos que concentram as tartarugas e o seu alimento em determinadas zonas, reúnem também pedaços de plástico, redes de pesca, esferovite e nafta, entre outros poluentes. Ao confundir este lixo marinho com algumas das suas presas, muitas tartarugas acabam por morrer por obstrução do tubo digestivo. Também a pesca com palangre de superfície ("long-line") ameaça esta espécie de tartarugas. Ao serem atraídas pelo isco, muitas tartarugas acabam por ficar presas nos anzóis e morrer afogadas.É importante referir também que esta espécie encontra-se também ameaçada de extinção.
Somente o conhecimento claro do impacto das diferentes artes de pesca sobre as tartarugas e a sua evolução ao longo do tempo permitirá desenhar medidas eficazes de conservação.

Fontes:

Diciopédia 2008 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2007. ISBN: 978-972-0-65263-8
http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/588BB313-37BC-4967-B742-5721C2AEAAD0/3134/LVVP_R%C3%A9pteis_Carettacaretta.pdf
http://br.geocities.com/erichpanda/Caretta.html
http://www.uma.pt/Investigacao/Tartaruga/html/body_p20-crta.htm
http://www.uma.pt/Investigacao/Tartaruga/html/body_p20-crta.htm
http://www.horta.uac.pt/species/Reptilia/tartarugas/Caretta_caretta.htm

sexta-feira, 13 de março de 2009

As tartarugas marinhas em Angola - Ponto da Situação

O Ministerio do Urbanismo e Ambiente da República de Angola, elaborou em 2006 o 1º Relatório Nacional para a Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica, com base no projecto 00011125 - Estratégia e Plano de Acção Nacionais para a Biodiversidade (NBSAP).


Para visualizar o relatório clique sobre a imagem:

In Primeiro Relatório Nacional para a Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica, Ministério do Urbanismo e Ambiente, Luanda, Agosto de 2006


Tendo em conta toda a informação de que dispomos na actualidade e tendo em conta a situação das tartarugas marinhas no nosso País, devemos traçar estratégias para que estas espécies sejam protegidas:

A investigação, dirigida ao melhor conhecimento da ecologia das populações locais de tartarugas marinhas; a comunicação, que inclui a educação ambiental, informação, sensibilização e formação de monitores locais; e a fiscalização nocturna das praias de desova, poderão ser estratégias a adoptar para se envolverem as comunidades piscatórias, a juventude e associações para a necessidade de preservar estes seres vivos.

É NECESSÁRIO PROTEGER A NATUREZA.